Dedicado à candidatura da Cidade de Curitiba a sub-sede da Copa do Mundo de 2014. Questionamentos e visão crítica a cerca de mobilidade e infra-estrutura urbana, intervenções, obras, metrô, binários e politicagens.

terça-feira, 3 de março de 2009

Projeto do Metrô Contratado


Reprodução fiel da reportagem da página da prefeitura:
Fonte:http://www.curitiba.pr.gov.br/Noticia.aspx?n=15617

Algumas informações já haviam sido passadas em postagens anteriores.


Richa assina contratos para projeto do metrô

O prefeito Beto Richa assinou nesta terça-feira (3) os contratos com as empresas que venceram a concorrência pública para a realização dos estudos e projetos de engenharia para a construção do metrô de Curitiba (lote 1) e o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente - EIA-Rima (lote 2). Os trabalhos do lote 1 serão feitos pelo consórcio Novo Modal, formado pelas empresas Trends, Engefoto, Esteio e Vega. A empresa Ecossistema Consultoria Ambiental fará os trabalhos previstos no lote 2.

"Curitiba terá um sistema de metrô que será um dos melhores do país. A assinatura dos contratos para os estudos de engenharia e o estudo de impacto ambiental são o início da materialização de um sonho", disse Richa. Ao lado do vice-prefeito Luciano Ducci e do presidente do Ippuc, Cléver Almeida, Richa ressaltou a importância da parceria existente entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Prefeitura para a realização desta fase dos trabalhos.

O prefeito também destacou que, se Curitiba for escolhida uma das sedes da Copa de 2014 - decisão que será anunciada no próximo dia 20 -, a cidade terá mais agilidade na busca por recursos para as obras do metrô. "O governo federal e estadual têm compromissos assumidos para dotar a cidade das condições necessárias à realização dos jogos. Mantemos nossa previsão inicial de darmos início às obras do metrô de Curitiba em 2010", afirmou Richa

A ordem de serviço deverá ser emitida nos próximos dias autorizando o início dos trabalhos ainda no mês de março. Os estudos e projetos de engenharia começam deverão ser concluídos em até 270 dias. O EIA-RIMA deverá ficar pronto em até 240 dias.

A assinatura do contrato teve a presença de representantes da CBTU, empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades. Participaram da assinatura o Diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da CBTU, Raul De Bonis, e a chefe do Departamento de Planejamento e Estudos de Transportes da Companhia, Luciana Costa Brizon.

Representaram o Consórcio Novo Modal os executivos Marlus Coelho e Albuíno Azeredo, da Trends, empresa líder do consórcio. Para representar a empresa Ecossistema, participou Gisele Cristina Rocha. Estiveram presentes à assinatura dos contratos o vereador Serginho do Posto, os secretários do Governo, Rui Hara, do Planejamento, Alceni Guerra, o presidente da Urbs, Marcos Isfer, e o assessor de projetos especiais da Prefeitura, Maurício Ferrante.

A CBTU, que tem um convênio de cooperação com a Prefeitura, fará parte do grupo de acompanhamento dos trabalhos junto com os técnicos da Prefeitura de Curitiba.
Projeto de Curitiba tem o apoio da CBTU

O projeto para a implantação do metrô de Curitiba está sendo acompanhado de perto pela equipe técnica da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de serviços de transporte ferroviário de passageiros ligada ao Ministério das Cidades, que financiará parte do custo dos dois contratos assinados nesta terça-feira (3).



Durante a assinatura dos contratos com as empresas que farão os estudos e projetos de engenharia e o estudo de impacto ambiental, o Diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da CBTU, Raul De Bonis, falou do entusiasmo da CBTU em poder participar da implantação do metrô. “O projeto para implantação do metrô de Curitiba é um dos principais projetos existentes no Brasil em relação ao sistema de transporte de alta capacidade. Vocês são uma referência no desenvolvimento urbano. Nós, na CBTU, entendemos que Curitiba precisa dar este passo”, declarou o representante da Companhia.

Em entrevista aos jornalistas presentes à assinatura do contrato, De Bonis lembrou que o metrô de Curitiba terá alcance também para os municípios da Região Metropolitana e afirmou que a Companhia vê uma sucessão de aspectos positivos para a implantação do novo modal de transporte. Ele ressaltou que o momento é extremamente favorável, diante da possibilidade de Curitiba estar entre as cidades que sediarão os jogos da Copa de 2014.

A especialista e chefe do Departamento de Planejamento e Estudos de Transportes da CBTU, Luciana Costa Brizon, enfatizou ainda a forma como a cidade cresceu. “Curitiba cresceu de forma estruturada. A cidade já vivencia um sistema semelhante a um metrô, já possui integração, condição essencial para o funcionamento do novo sistema. Sozinho, o metrô não funciona. Ele precisa ser alimentado por outras linhas do transporte coletivo. E o metrô só funciona bem se houver integração. O projeto de Curitiba é inovador e as características da cidade farão toda diferença”, declarou.

A CBTU participa nesta quarta-feira (4), junto com o presidente do Ippuc, Cléver Almeida, de uma reunião técnica em Brasília para a apresentação do projeto do metrô de Curitiba e do Plano de Mobilidade da cidade. A apresentação será feita na Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O encontro foi marcado há um mês, quando o prefeito Beto Richa esteve em Brasília em reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

O que acontece a partir de agora - O consórcio Novo Modal fará estudos topográficos, geotécnicos, geológicos, hidrológicos e de interferência, projetos geométrico, de terraplenagem, de obras viárias subterrâneas, superestrutura ferroviária, de edificações (estações, terminais, centro de controle e prédio administrativo), sistemas fixos e material rodante e elaboração do orçamento.

Os especialistas da empresa Ecossistema prepararão o Estudo de Impacto Ambiental, documento técnico que reúne informações sobre o que existe na cidade antes da implantação do metrô, como a obra poderá interferir na vida da cidade e as medidas que podem ser tomadas para a redução de eventuais impactos negativos. Já o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente traduzirá, de forma simples, as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental, de forma que qualquer cidadão possa compreender.

Enquanto os trabalhos dos dois lotes estiverem sendo feitos, a Prefeitura de Curitiba, em parceria com a CBTU, desenvolverá o estudo de viabilidade econômico-financeira. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) desenvolverá também os projetos básicos de comunicação visual e projetos geométricos, sinalização horizontal, vertical, semafórica e paisagismo da via estrutural sob a qual o metrô será implantado.

Canaletas dos Eixos Norte e Sul serão usadas por ciclistas e pedestres

A implantação do metrô em Curitiba vai transformar as canaletas, hoje usadas exclusivamente para o tráfego dos ônibus biarticulados do sistema xpresso, em um grande espaço de convivência. Denominadas Vias Parques, as atuais pistas exclusivas para os ônibus darão lugar a um extenso calçadão para pedestres, ciclovia, arborização e equipamentos de lazer. O metrô funcionará sob as canaletas e o espaço onde hoje passam ônibus será para uso das pessoas.

O conceito inovador para a implantação do metrô em Curitiba, mantendo a prioridade ao transporte coletivo e privilegiando o pedestre e o ciclista, foi traçado durante os estudos preliminares do metrô, feitos em 2005 em parceria com a CBTU.

Estes estudos também indicaram o trecho a ser implantado o novo modal de transporte (Eixos Norte e Sul), a extensão (22km), o número de estações (entre 21 e 23), o sistema a ser utilizado (cut and cover na maior parte). A primeira linha do metrô - do Santa Cândida ao CIC Sul - terá 22km, dos quais 19km serão subterrâneos. Denominada também de Linha Azul, o metrô de Curitiba deverá transportar cerca de 500 mil passageiros no início da operação.

A idéia é que o metrô seja o mais superficial possível, mesmo sendo subterrâneo. Detalhes como a profundidade do metrô em cada ponto serão definidos durante os estudos e projetos de engenharia. O sistema que se pretende utilizar - cut and cover - é mais barato do que um sistema convencional (de túnel).

O sistema cut and cover é um método construtivo mais simples e, consequentemente, mais barato que a implantação de outros tipos de obras viárias subterrâneas. Consiste na execução das paredes de contenção a partir da superfície através do cravamento de estacas nas laterais da via, as escavações só acontecem depois da construção da laje superior e por último, os acabamentos nas paredes e o piso.

Desde 1978 - A implantação de um metrô em Curitiba já é objeto de estudo da Prefeitura desde 1978, quando o Ippuc começou a analisar alternativas para ampliação da capacidade de transporte de seus eixos principais. Na época, a primeira proposta estudada foi a de utilização de um Veículo Leve sobre Trilhos.

Durante os estudos mais recentes, foram analisados sistemas de metrô de superfície e elevado. Como os eixos estruturais Norte e Sul contam com uma significativa ocupação residencial e comercial, possuem 62 cruzamentos semaforizados e exigem travessias seguras, concluiu-se que a melhor opção para Curitiba seria o metrô subterrâneo em sua maior parte.

O principal objetivo do metrô é ampliar a capacidade da Rede Integrada de Transporte e ele fará parte da RIT, ou seja, não será um sistema paralelo e não concorrerá com o sistema de ônibus existente na cidade.

A implantação da Linha Azul (metrô) faz parte de um conjunto de medidas que estão sendo tomadas para a melhoria, modernização e adequação da RIT às necessidades da população de Curitiba e dos municípios integrados. Além da Linha Verde, fazem parte destas medidas, o desalinhamento das estações-tubo da Avenida Marechal Floriano Peixoto, reformas nos terminais e renovação da frota.

Em valores atuais, a expectativa de investimento na primeira linha de metrô em Curitiba é de R$ 2 bilhões, valor que será definido com mais exatidão após a conclusão dos Estudos e Projetos de Engenharia.


Metrô de Curitiba

• Extensão - 22 km, do Terminal Santa Cândida ao futuro Terminal CIC-Sul (próximo ao contorno). São 19 km subterrâneos, 1 km elevado na Winston Churchill e 2 km de superfície (próximo ao Terminal CIC Sul).

• Integração - O metrô também beneficia a Região Metropolitana de Curitiba. Diretamente, serão atendidos passageiros dos municípios de Colombo, Almirante Tamandaré, Araucária e Fazenda Rio Grande. Indiretamente, todos os 12 municípios integrados à RIT poderão utilizar o metrô de Curitiba.

• Estações: de 21 a 23

• O metrô de Curitiba passará por 7 terminais de de ônibus: Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Portão, Capão Raso, Pinheirinho e CIC Sul.

• Custo estimado - R$ 2 bilhões (em valores atuais)

• Previsão para o início das obras - 2010

3 comentários:

  1. Acho um absurdo isso, o metrô sairia muito mais barato e mais rápido se for contruido na superfície.Certemnete não ficara pronto para a copa e sem falar que vão meter a mão nessa verba. Outra cagada que o senhor Prefeito fez , foi se promover em cima da linha verde, cujaa qual no projeto original constava vários viadutos ou trincheiras, mais para engoradar a campanha e o bolso, optou por semáfaros, o qual esta um caus , piuor do que estava antes.

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  2. O metrô de Curitiba já está atrasado há muito tempo, infelizmente. Curitiba é uma cidade modelo para outras cidades do nosso país. Porém, acredito que para ser realmente ecológica, desenvolvida e moderna precisa investir mais em transporte não poluente e ir abolindo aos poucos transportes que poluem o meio ambiente.
    Um dos exemplos disso é o Metrô, que é altamente eficiente e rápido, além de não poluir, utilizar energia elétrica, ser muito seguro e ter uma boa mobilidade.

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  3. O que a gente percebe é que há uma grande máfia do transporte coletivo em Curitiba. Para assegurar a riqueza dos gangsters donos de ônibus e estações tubos, há muito tempo a prefeitura prioriza o aperfeiçoamento de vias de trânsito, e os motoristas de carro, muito otários optam por seus veículos individualistas mais poluentes, e o caos rodoviário, que poderia ser evitado, torna-se cada vez pior. outro dia , demorei 55 minutos pra percorrer um trecho de 3 Km na Visconde de Guarapuava; isto com todas as 06 vias liberadas! Peguei um ônibus S. Cândida Capão Raso, e depois de esperar 03 ônibus, peguei o quarto mais lotado que nunca!Enquanto isto, o metrô, cujo projeto tem mais d 20 anos, ao invés de ir pra baixo da terra, continua na gaveta do escritório.

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